Ao longo dos anos, os filmes evoluíram tanto em
qualidade de som e imagem quanto aos veículos em que são transmitidos. Nos dias
de hoje, com a internet cada vez mais encrostada na vida das pessoas, as
produções passam por um momento de transição para esse meio. Esta é a pauta
abordada no artigo de Mirian Rossini e Aline Renner, as quais utilizam a
evolução do Netflix como exemplo.
Com o advento da televisão e, posteriormente, o VHS e
o DVD, as noções de consumo doméstico e privado de filmes tiveram suas primeiras
modificações, tornando a sala de cinema apenas mais um dos espaços disponíveis
para se assistir as produções. Para o Netflix, não foi diferente.
A empresa que teve início em 1997, nos Estados Unidos,
começou como uma distribuidora de DVDs. Com em média mil títulos presentes no
catálogo online, ela enviava os conteúdos por correio após serem alugados. Após
aderir ao sistema de assinaturas e estas alcançarem os 4,2 milhões de
assinantes, o Netflix teve sua primeira grande inovação: a disponibilização de
filmes on demand via streaming, em 2007.
A partir daí o serviço, que estava disponível apenas
através do site da empresa, se expandiu para diversos aparelhos que possuíssem
acesso à rede, como o Xbox, P2P, Internet TV, dentre outros. Em 2010, já se encontrava
disponível em um aplicativo para aparelhos mobile, como smartphones e tablets.
“Simultaneamente, o Netflix realizava
acordos com produtoras e distribuidoras dos conteúdos de cinema e televisão
como Paramount, Sony, Disney, MGM, Miramax, BBC e Warner, aumentando
significativamente seu catálogo online.
”
Um dos pontos que o Netflix soube aproveitar muito
bem (ao meu ver) foi o tempo que um filme demora a chegar nas telas de tv, após
seu lançamento nos cinemas. Ao fazer acordos com estúdios de cinema e
distribuidoras de conteúdo televisivo, a empresa conseguia reduzir o tempo de
espera para disponibilizar as produções em seu catálogo. Posteriormente, o
Netflix iniciou a produção de conteúdo próprio, o qual tornava disponível “tudo
de uma só vez”, contrariando a maneira tradicional televisiva (um episódio por
semana). Isso dava ao assinante a liberdade de poder assistir quando e em que
ordem quiser.
Uma das reflexões propostas pelas autoras é o
futuro do cinema, tendo em vista os avanços das empresas de on demand via
streaming. Para mim, o cinema nunca vai deixar de existir pois, por mais
que tenhamos a comodidade de assistirmos a grandes filmes em casa, não terá a
influência do local, a famosa “magia do cinema”. É a mesma lógica de jantar
fora: todos temos a liberdade de jantar em casa, mas o clima e a emoção
proporcionada pelos restaurantes, ainda mais em ocasiões especiais, sempre dará
um toque a mais ao evento.
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