terça-feira, 25 de abril de 2017

Relatório da aula do dia 20 de Abril

  A aula da quinta-feira (20) começou com uma discussão sobre o que é o Jornalismo. O professor Marcelo Crispim da Fontoura mostrou parte do documentário "Page One: Inside the New York Times" onde diversos jornalistas contavam a sua versão sobre o que é essa profissão. Uma definição chamou a atenção da turma "O que não é notícia, é propaganda", o que é notícia para ti, pode não ser para outra pessoa. 

  Em seguida, o professor deu início ao módulo "Texto" da disciplina. Foram apresentados os tipos de jornais e os gêneros jornalísticos. Segue abaixo, um resumo do conteúdo dado em aula.
  
  Tipos de Jornais: 
   Standard - jornal grande e antigo, como o Le Monde e o New York Times; 
   Tabloide - jornal voltado para a classe trabalhadora, a Zero Hora e o Metro são exemplos;    
   Popular - preços reduzidos, alto apelo na capa, mistura de assuntos sérios com entretenimento, como o Diário Gaúcho. 
   Especializados - foco em temas específicos, The Walt Street Journal, por exemplo.
   Revista - aprofundamento maior, trabalho gráfico mais apurado e oportunidade de especialização. A revista Time e a Revista Galileu são exemplos.

  Gêneros Jornalísticos:
   - Reportagem   - Artigo         - Charge   - Editorial 
   - Notícia           - Entrevista   - Coluna       

  Para completar a aula, o professor passou um exercício onde, em grupos de 4 pessoas, analisaríamos uma revista ou um jornal, mostrando a diferença entre o veículo impresso e o digital e, depois, postaríamos a análise no blog. A minha dupla do blog, Valentina, não pode comparecer a aula então me juntei com as meninas do blog "Captura Periódica" para realizar o trabalho de análise da revista Super Interessante, que está disponível nos dois blogs.

Camila Pires

Aula teórica do dia 23/03

     No dia 23/03, tivemos uma incrível aula teórica e totalmente interativa, ministrada pelos nossos professores Me. Marcelo Crispim da Fontoura e Me. Fábian Chelkanoff Thier. Também tivemos a presença de um grupo de alunos do Ensino Médio que visitaram a Famecos, através do NEXA RS e da Junior Achievement, e tiveram a experiência de um “aluno sombra”.

    Na primeira parte da aula, os professores fizeram uma enquete sobre as principais notícias, principalmente abordando a maneira como tomamos conhecimento sobre elas e se elas eram verídicas ou não. Resultado: a maioria dos estudantes (de ambos os grupos) optou como principais veículos, plataformas virtuais como o Facebook e o Twitter. O menos selecionado foi o rádio, comprovando que as novas gerações estão, de certa forma, considerando essa tecnologia ultrapassada. 

      Segunda parte: nos separamos em grupos misturando os alunos da Famecos com os visitantes. Foi proposto o exercício de escrevermos, em 10 minutos, o que mais gostávamos no Jornalismo, ou seja, o que existe de bom. E o resultado foi surpreendente: mais de 30 sugestões diferentes. Os professores ficaram muito felizes. "Quando falarem para vocês que o jornalismo está morrendo, lembrem dessa aula, do que vocês fizeram em apenas dez minutos. Lembrem desses motivos. O Jornalismo está aqui, está presente", concluiu o professor Fábian. 

     Em seguida, ainda nos grupos, nos pediram para, em 5 minutos, listar dois problemas do Jornalismo e suas possíveis soluções. Foram diversos os problemas, mas surgiram soluções inteligentes, demonstrando que os futuros profissionais tem sim a capacidade e as ferramentas para mudar o que chamamos de "mau jornalismo", o qual denigre a imagem da "arte de contar histórias".

Camila Pires e Valentina Rodrigues

sexta-feira, 21 de abril de 2017

"A Reinveção do Jornalismo", de Leandro Beguoci

      Texto proposto para discussão da aula do dia 6 de abril. Diversos pontos de vista e argumentos foram levantados. Inclusive o meu:

      Quando tomamos a decisão de entrar para a faculdade de jornalismo e a comunicamos às pessoas - especialmente familiares - , dentre as frases que ouvimos com mais frequência, estão: "sério? as pessoas estão deixado de ler jornais, o jornalismo vai morrer" e "você vai morrer de fome". Sim, o jornal impresso está se tornando obsoleto, não o jornalismo; e sim, existe uma certa dificuldade em atingirmos um salário considerado ideal logo que ingressamos no mercado jornalístico, mas não quer dizer que isso seja impossível.

      É inegável a crescente substituição do rádio e da televisão por meios virtuais na busca por informações. Ou seja, mais pessoas pesquisam conteúdo em plataformas que não se responsabilizam por sua criação -  apenas divulgação -  sem compromisso algum com a veracidade dos fatos, como por exemplo, o Google, o Youtube, o Twitter e o Facebook. É o terreno perfeito para a mídia sensacionalista, que investe nas famosas Fake News ou títulos com recortes que muitas vezes não são abordados nas matérias de fato, apenas para ganhar "cliques".

      No cenário atual, em que as pessoas pouco fazem assinaturas e priorizam a instantaneidade, elas não estão dispostas a ler uma longa reportagem se outro texto pode lhes fornecer o mesmo em poucas linhas. A internet torna-se comparável a um fórum, onde todos são doutores, todos tem algo a dizer sobre qualquer assunto. No final, sempre sobram dois lados radicais: os que concordam e os que discordam. Seja em pequenas ou grandes proporções, é sempre o mesmo final. E, afinal, quem está certo? 

      É diante dessa realidade que devemos questionar o real valor do jornalismo. Não o valor monetário, pois disso as grandes empresas e emissoras já se encarregaram a muito tempo, preocupadas apenas com o numero de assinantes e o quanto vendem seus jornais. O resultado foi um jornalismo preocupado com o que as pessoas irão "gostar ou não gostar", não com o que elas realmente precisam. Estamos, enfim, falando de valor humanitário. Está na hora de nos propormos novos questionamentos. O que o jornalismo tem a contribuir com o mundo? 

      Acredito que, devido ao consumo diário a um exagerado volume de conteúdo, é fácil que algum boato nos passe despercebido. Principalmente se tratando de jovens, que acessam quase que exclusivamente plataformas virtuais, muitas vezes desconhecem o valor de uma boa noticia. A culpa não é da tecnologia, muito menos das pessoas. A culpa é nossa. Nós, jornalistas, esquecemos do valor da nossa profissão para com a sociedade. E se não soubermos exatamente a nossa importância, como poderemos transmiti-la? 

      Passamos muito tempo estagnados, mas é hora de acompanharmos a revolução tecnológica. Focar em plataformas, não em empresas. Priorizar e saber informar o que as pessoas precisam, sem que elas percebam isso - ou seja, de uma maneira criativa. O jornalismo não é uma profissão em decadência. Sem jornalismo não há democracia, pois ele dá voz a todas as camadas da sociedade, ele denuncia as falhas que nela ocorrem. É o veículo para grandes mudanças. O jornalismo não está em decadência - está se transformando, renascendo.

                                                                                                                         Valentina Rodrigues

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Análise da revista Super Interessante

  A revista Super Interessante em sua versão digital traz assuntos muito diversos e destinados a um público amplo. O site possui uma área bem destinada à blogs, que também se destacam por falarem de assuntos variados para todos os públicos. A organização da página inicial se dá pela colocação das matérias mais recentes, uma embaixo da outra. Mas entre elas aparecem muitos anúncios e propagandas, o que traz à página uma enorme poluição visual. Além da utilização exclusiva (exceto nas fotos das reportagens) das cores vermelho e branco, sendo o branco o fundo da página, e o topo e detalhes na cor vermelha. A distribuição das notícias também fica bem centralizada, deixando espaços em branco ao lado, o que pode ser considerado bom e ruim. Bom por trazer a sensação de limpeza e objetividade, sem itens para atrair a atenção do leitor. Entretanto é ruim por dar a impressão de ter algo faltando ali, e com a grande quantidade de reportagens, tudo concentra-se no centro da tela.     

  A partir da análise da versão impressa da revista, foi possível destacar alguns elementos. Os gráficos dinâmicos, as imagens e a linguagem simplificada trazem a ideia de que a plataforma é voltada para públicos distintos. Isso se deve a ausência de termos científicos, ainda, a predominância de textos longos e explicativos em matérias de destaque. O conteúdo cultural e cientifico vem acompanhado de linhas de apoio impactantes, matérias investigativas e utilização de espaços bem definidos.    

  Tendo sido analisado os dois espaços da revista, pode-se destacar que as diferenças são basicamente de design. A revista física traz bastante cor e vida às reportagens, enquanto a versão digital se restringe a usar apenas duas cores. O que ao primeiro olhar nos faz crer não se tratar da mesma Revista. A distribuição das reportagens também é diferente de uma plataforma para a outra. Enquanto na digital ela se faz "embaralhada" e sempre retida no centro da tela, já na revista física as reportagens são bem distribuídas, sem poluição visual. No entanto, a revista mantém seu estilo de texto, a linguagem simplificada e o fácil entendimento para todos os públicos presente em ambas as plataformas. A variedade de conteúdo, desde assuntos como preços de eletrodomésticos à depressão, se mantém presente na versão digital e física.

Camila Pires, Francine Massoco, Nathália Pavão, Vitória Vieira

quarta-feira, 19 de abril de 2017

"A reinvenção do jornalismo"

        No dia 6 de abril, discutimos em sala de aula o texto "A reinvenção do jornalismo" de Leandro Beguoci. Vários pontos sobre o texto foram argumentados e os alunos compartilharam as suas opiniões. Segue abaixo o que eu, Camila Pires,  refleti sobre o texto lido.

      O jornalismo está passando por um momento decisivo e muito importante. É a hora e a oportunidade de se reinventar, de criar conteúdos novos e explorar essa profissão tão bela. Ao ler o texto, o filme "De Repente 30", 2004, veio a minha cabeça. A revista onde Jenna (Jennifer Garner), a personagem principal, trabalha terá que ser reestruturada. Muitos de seus colegas viram aquilo como o fim, mas ela não. Era a possibilidade de começar a descobrir novos caminhos e transformar a revista em algo totalmente inovador. 

       O rádio foi uma grande reinvenção da comunicação, assim como a televisão e a internet. Essa última ainda está no seu processo de adaptação, ao meu ver. Atualmente, com o YouTube e o Facebook, todas as notícias são comentadas por qualquer pessoa. Opiniões surgem de todos os lados, entretanto isso não é algo necessariamente ruim. As pessoas estão se interessando mais por assuntos que antes talvez elas nem ouvissem falar. Os jovens brasileiros estão tomando muito gosto pela política, por exemplo. Antigamente também existia esse gosto, o movimento Caras-pintadas (ou movimento estudantil brasileiro) de 1992 é a prova disso. A diferença é que os jovens de hoje usam as redes sociais para debater e expressar suas reflexões sobre esses assuntos.

       Vejo como uma consequência dessa adaptação do jornalismo na internet as Fake News. Muitas vezes as pessoas olham a "headline" de uma matéria e compartilham na hora, sem mesmo terem visto ou se informado melhor sobre o que era a notícia. O mesmo vale para o YouTube. Para atrair inscritos e visualizações os YouTubers usam e abusam do "clickbaits" (método onde colocam no título do vídeo frases dramáticas e, até sensacionalistas, normalmente com letra maiúscula).

        Acredito que o Jornalismo tem um grande caminho pela frente. Os jornalistas devem parar de achar que a sua profissão acabou e começarem a focar em maneiras que eles possam ajudar a reinventá-la. Como usar as redes sociais para chegar no público? Como chamar a atenção dos jovens para notícias jornalísticas sendo que muitos deles nunca leram um jornal? Como impedir que as notícias falsas se propaguem? Essas são algumas das milhares de perguntas que os veículos de comunicação devem fazer para se ajudarem nessa nova fase. No final, caberá ao público decidir se essa reinvenção do jornalismo se sustentará. Afinal, é uma adaptação feita por causa deles pois, a função dos meios de comunicação, é, em seus princípios mais básicos, divulgar a informação para a população.

Camila Pires

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Apresentação... 
Para começar, uma simples explicação:
Aqui, diante de vocês, apresenta-se um blog produzido por duas estudantes de jornalismo com intuito de relatar e opinar acerca das pautas e atividades propostas nas aulas.

Quem somos?
       Valentina Rodrigues dos Santos Silva, 17 anos, estudante de jornalismo da Famecos, amante de fotografias - especialmente no ramo da equitação. Natural e residente de Porto Alegre, cresci na companhia dos livros, logo me tornei aspirante a escritora. Encontrei no jornalismo a união de tudo que amo: leitura, escrita e fotografia.  

      Meu prazer se encontra em redigir textos opinativos, mas principalmente aquelas reportagens densas, que contam as extraordinárias histórias de pessoas comuns, como eu, você ou qualquer estranho com o qual cruza na rua todos os dias. Quem sabe as reviravoltas que o trouxeram até ali? Cabe a nós, jornalistas, desvendar os mistérios comuns do dia a dia.


     Camila Andrade Pires, 18 anos, estudante de jornalismo da Famecos, YouTuber e dançarina.  Sou "baiúcha" (gaúcha + baiana), cresci brincando nesses dois estados. Levo na minha vida uma grande paixão pelo mundo das artes: a dança, o cinema e o teatro musical. Vivenciei o jornalismo de perto, desde pequena. Tive influência do meu pai que, por vários anos, escreveu uma coluna no Diário Gaúcho. Foi apenas quando a minha mãe me levou à PUC que escolhi o jornalismo.
     Textos que contam histórias reais, de pessoas famosas ou não, são os de minha preferência. Acho que, além de levar a informação para o público, o jornalista deve mostrar a verdade, mesmo que nem todos queiram enxergá-la.

Qual o propósito?
      Ao propor o projeto da presente plataforma, visamos os objetivos de levantar questionamentos e discussões. A partir dos textos e conteúdos abordados nas aulas, demonstraremos nosso ponto de vista, como jornalistas, por meio de textos opinativos, sustentados por uma boa e coerente argumentação, assim como os relatos de atividades praticas, as quais proporcionam os primeiros contatos de estudantes com os meios de comunicação, sendo este blog o primeiro experimento.